
Camponeses de Malanje recebem 31 milhões de projecto institucional
Trinta e um milhões de kwanzas foram gastos, de Maio aos últimos dias deste mês, pelo Projecto de Agricultura Familiar e Comercialização (MOSAP II), na aquisição de sementes e fertilizantes entregues a 1.649 famílias camponesas em Malanje.
Os meios foram entregues para viabilizar a produção de hortícolas pelos beneficiários, nomeadamente camponeses filiados a cooperativas e associações dos municípios de Malanje, Cacuso, Calandula, Quirima e Cangandala.
A informação foi proferida, ontem, à Angop, pelo coordenador provincial do MOSAP II em Malanje, Paulo Sozinho, realçando que, desse valor, 20 por cento estão consagrados à comparticipação dos próprios beneficiários e destinam-se à preparação mecanizada de terra. De acordo com o responsável, no município de Cacuso, foram priorizados camponeses da comuna de Soqueco, região que beneficiou, pela primeira vez, do apoio do MOSAP, por ser uma localidade com potencial hídrico e arável para a produção de hortícolas.
Desta feita, explicou, foram entregues consideráveis quantidades de sementes de repolho e tomate, bem como 15 toneladas de fertilizantes, adubos, insecticida e fungicidas para defender as culturas das pragas.
Disse que fruto dos apoios, prevê-se uma colheita, a partir do mês de Setembro, de 640 toneladas de tomate e 800 toneladas de repolho nos cinco municípios, com o resultado da venda dos excedentes a reflectir-se a favor dos próprios produtores e sobre a criação de caixas comunitárias.
Considerou que com as caixas comunitárias, os camponeses podem poupar dinheiro para garantir a continuidade da produção agrícola. Paulo Sozinho realçou que o MOSAP II encerra em Dezembro deste ano e vai continuar a apoiar as famílias camponesas associadas, através de financiamentos de projectos, treinamento nas escolas de campo, bem como a entrega de sementes e fertilizantes.
Acrescentou que os camponeses que concluíram com êxito os ciclos passados de aprendizagem nas escolas de campo, considerados graduados, vão receber sementes e fertilizantes de forma individual até ao final do ano, para que possam desenvolver actividades agrícolas isoladas.
Fonte: Jornal de Angola (28/08/2022)