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Produtores recebem sementes melhoradas para aumentar colheita

Produtores recebem sementes melhoradas para aumentar colheita

O fomento à escala industrial da cultura de soja em dezenas de hectares da província da Huíla com rios, riachos, lagos e lagoas nas áreas de cultivo, motivou o Ministério da Agricultura e Pescas a colocar à disposição dos produtores mais de 100 toneladas de sementes melhoradas.

 

O director provincial da Agricultura, Pecuária e Pescas, Pedro Muanda, que avançou os dados ao Jornal de Economia e Finanças, explicou que as sementes já foram distribuídas aos produtores de Chicomba, Caluquembe e Caconda que se anteciparam na preparação das terras aráveis.

Pedro Muanda explicou que o fomento do cultivo constitui uma estratégia do Executivo que visa a produção de óleo, farinha, entre outros. "Pretendemos com a promoção da cultura da soja em vários pontos do país melhorar a nutrição das famílias, sobretudo das que se encontram ainda na condição de vulneráveis”.

Segundo ele, o valor que se está dando à cultura em referência, começou, há alguns anos, mas com poucas quantidades onde eram distribuídos 10 a 15 toneladas no arranque das campanhas agrícolas. "As colheitas eram mais utilizadas para o consumo das famílias e uma ínfima parte para o comércio nos mercados informais”, disse.

Disse que o programa da campanha agrícola 2022/2023, dá maior foco às culturas mais resistentes à falta de chuvas e aos solos cuja preparação dispensa a utilização de todos os insumos. "O programa nacional de revitalização de grãos, contempla também a distribuição de 200 toneladas de sementes de milho e instrumentos de trabalho”.

Prevê-se, disse, receber ao todo cerca de 600 toneladas de sementes diversas, além de milho, massango e massambala. Ao se referir aos inputs agrícolas, fez saber que a província foi contemplada com 200 semeadores, igual número de machados e anchinhos.

Consta ainda a distribuição de nove semeadores e respectivos fertilizadores, 15 moinhos, 50 máquinas de recolha de milho, 700 bombas de água e 1190 pulverizadores que têm estado a tornar a lavoura cada vez mais mecanizada e a permitir o aumento dos espaços de lavoura nas zonas rurais.

Milhares de hectares

Oitocentos mil hectares de terras aráveis são utilizados na campanha agrícola 2022/2023, uma performance que constitui um aumento considerável dos espaços produtivos visto que, no ano passado, a área foi de 600 mil hectares.

O director provincial da Agricultura e Pescas, Pedro Conde, considerou que o aumento das áreas de actividade agrícola tem a ver com os programas do Executivo que estão a ser materializados com realce para as várias linhas de crédito disponíveis, apoio com meios mecanizados, fertilizantes e transportes para o escoamento.

Pedro Conde sustentou que foi uma mais valia a disponibilização de financiamentos e meios mecanizados aos agro-pecuaristas. "O resultado positivo das políticas gizadas para o sector produtivo são visíveis nas zonas agrícolas, mercados formais e informais do país.

No dizer do director, estima-se colher 700 mil toneladas de culturas diversas, cifra que representa um aumento se se tiver em conta que na produção da época transacta foram colhidas 550 mil toneladas de alimentos diversos.

Consta que a actual campanha agrícola envolve, a nível da Huíla, mais de 160 mil famílias. "Pretedemos envolver cada vez mais famílias na produção agrícola, facto que passa pelo apoio permanente de insumos, preparação de terras aráveis, transporte para o escoamento da produção e condições para conservar e transformar o excedente”.

Cultivo da batata-doce

A Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) e o Ministério da Agricultura e Pescas, promoveram, há 7 anos, o cultivo da batata-doce, nos municípios do Gambos, Chibia e Quipungo para assegurar a sustentabilidade das famílias e compor os efeitos da seca que têm com assolado com frequência estas paragens.

Nos Gambos, os 1.110 camponeses integrados, além da criação de animais diversos, têm, actualmente, alternativas para a sustentabilidade familiar. "Além dos animais, as famílias continuam a utilizar a batata-doce na alimentação e comércio nos mercados informais”, disse um técnico da Cáritas de Angola.

A potencialização da agricultura familiar envolveu além do IDA, o Programa de Fomento Agrícola (PFA), Caritas de Angola, Programa da Estação de Desenvolvimento Rural (PEDR), Igreja Visão Mundial, Acção de Desenvolvimento Rural e Ambiente (ADRA), entre outras.

Consta que mais de 50 hectares com culturas de mandioca e batata-doce de fácil adaptação em zonas com acentuada escassez de água são cultivados, em cada epóca agrícola, sendo que o excedente tem sido comercializado nos mercados informais.

Importa ainda referir que o Instituto de Desenvolvimento Agrário (IDA) e parceiros têm prestado assistência técnica a mais de 240 mil famílias residentes nas zonas rurais com o propósito de fortalecer a lavoura e incentivar o aumento das zonas produtivas. "Os resultados podem ser observados em todos os mercados paralelos da região onde é exposta para venda quantidades de alimentos nacionais”, disse um técnico.

Fonte: Jornal de Angola (05.08.22)

 

 

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